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Entrevistas

Reach what only a few can

Na Green Media, temos o privilégio de ser "A Equipa de GREENYS" que a Isabel edificou. Somos a sua constelação andrómeda e, por isso, lançámos-lhe um desafio: uma Grande Entrevista para dar a conhecer "A Isabel" que as Greenys conhecem, melhor que ninguém!

Isabel Augusto – Se a ideia é que esta não seja apenas mais uma entrevista ou uma igual a tantas outras começa bem (risos).

G – Explica-nos esta tua (infinita) capacidade de entrar na Green, diariamente (!) a festejar... "BOM DIA EQUIPA! BORA LÁ!"

IA – Depois de 11 anos, não só há "ainda", como há "mais" paixão pelo que faço. O entusiasmo é felizmente apanágio do meu dia-a-dia. Sou uma pessoa muito feliz porque também sou otimista por natureza e gosto muito de fazer o que faço, de ter no dia-a-dia os desafios que tenho e o sentimento de cumprir a minha missão com o trabalho que desempenho.

G – Como te classificas enquanto profissional?

IA – Sou uma hunter. Adoro desafios e quanto mais difíceis melhor. Não acredito em Impossíveis! Acredito na força de uma estratégia consistente e acima de tudo sou uma criativa natural. A criatividade liberta-te totalmente de conceitos e regras e motiva-te, constantemente, a pensar "fora-da-caixa". Disciplina a tua mente para se atrever a pensar em inovação constantemente e ver soluções em todas as atividades!

"Sou uma Hunter."

G – Revela-nos, um pouco mais, sobre a história da green media… qual foi a origem?

IA - A história da Green é muito bonita e muito simples! Nunca pretendi ter uma agência de comunicação. Nunca me tinha passado tal pela cabeça nem fazia parte dos meus planos de carreira profissional. Sempre me vi integrada numa qualquer multinacional assumindo os riscos das minhas decisões em matéria de gestão e marketing. A força das circunstâncias e uma coisa levou a outra esteve de facto na origem da Green Media. O meu percurso foi sempre e desde início uma estratégia. Trabalhei desde os 16 anos, por isso aos 20 as coisas já estavam muito bem definidas na minha cabeça.

"Para ser o melhor consultor, tens que ser cliente do teu cliente. Cliente da concorrência do teu cliente e cliente da tua concorrência. Objetivo: aprender e procurar como fazer melhor."

Explorar todas as áreas existentes para escolher aquela a que me dedicar com paixão. Da agência de publicidade, à área comercial e redação, da empresa de eventos a diferentes estruturas de marketing... Foi na comunicação e Relações Públicas que me apaixonei! E principalmente quando saí para voltar ao marketing que me apercebi daquilo que queria. E esta decisão, foi por isso muito serena e tranquila. Eu sabia exatamente o que queria e como queria. O sonho veio depois! Nunca aspirei ter a maior agência de comunicação, mas a melhor! E para isso foi necessário construir uma equipa. Nunca quis que a Green Media se resumisse à Isabel Augusto mas sim q fosse uma inspiração, uma referência, um exemplo. To be the best of the best dá muito trabalho! É preciso encontrar naturals e foi preciso cometer vários erros por tentativa. Não se saí da escola a aprender a ser líder e isso sai caro, muito caro. Hoje tenho uma equipa de operações especiais! (risos) Todos os elementos são fora do normal a fazer o que fazem e isso traduz-se em diferenciação. Durante muitos anos acreditei ser possível formar pessoas com competências multifuncionais, talvez porque eu própria sou assim. Reconheço esse como um dos grandes erros que cometi. De qualquer forma estava certa numa coisa. Encontrar e potenciar o talento natural das pessoas. A atitude, a visão, a sensibilidade valores impressos logo no primeiro anúncio de publicidade da agência no 1º ano. Hoje, acredito que o futuro da estratégia de comunicação está ainda mais na arte das relações públicas. A assessoria mediática é uma das áreas e muito importante pois assenta na relação da marca com os jornalistas, mas há a que se foca no grupo dos principais clientes em eventos e autênticas operações de charme, a dos colaboradores em comunicação interna e a do público final, nas redes sociais onde a base é a relação e a emoção e onde se sente cada vez mais a importância de ter uma tática de fidelização com muitos "ingredientes"! Esta posição dá um novo papel à agência de comunicação! Uma nova consciência estratégica! Somos os primeiros a preparar o encadeamento das ações!

"Hoje tenho uma equipa de operações especiais!"

G – Quem são as tuas fontes de inspiração?

IA – Sempre quis saber com os melhores. Desde muito cedo estudei a fundo a nível internacional. No início da Green Media, trabalhávamos com empresas que geriam gurus de varias áreas. Marketing, comunicação, comercial e vendas, gestão, sustentabilidade... Pessoas de várias nacionalidades, várias idades e com um nível de conhecimento UAU! Daquele em que depois de atingido se deseja partilhar... Tenho vários clientes com um elevadíssimo grau de performance. Brilhantes e de conduta irrepreensível. Tive sempre a sorte de aprender porque me predispus a aprender. Ao ponto de me tornar facilmente perspicaz. Apontar uma direção bem cedo e confirmar o que vários lideres vêm transmitir. É preciso ter muito prazer em aprender. É preciso querer todos os dias, aprender com os erros e ser humilde para ter a abertura de aprender com todos em redor. Os bons exemplos servem sempre de inspiração.

G – Tens sido pioneira na inovação em assessoria mediática e no lançamento de conceitos...

IA – Há 11 anos não havia, curiosamente, muitas agências de comunicação com um site online – fomos dos primeiros – ou os Video Releases, concebidos após 2 anos de estudo com as áreas multimédia dos órgãos de comunicação social, até à própria difusão da informação e a gestão destes conteúdos hoje com o papel das redes sociais. Sim, a Green Media ambiciona ficar na história!

"O meu percurso foi sempre e desde início uma estratégia. Sempre quis saber com os melhores. Desde muito cedo estudei a fundo a nível internacional. No início da green, trabalhávamos com empresas que geriam gurus de varias áreas."

G – Como vês o Jornalismo, perante os desafios da atualidade?

IA – Fascinam-me os princípios do jornalismo. Sempre tive uma grande admiração pelos valores por que se pautam os profissionais de jornalismo. E o nosso aqui em Portugal particularmente. Por todo o contexto histórico e político que marcou o seu desenvolvimento, da imposição à restrição que viveu, (aliás com que sobreviveu, amordaçado) e hoje está a atingir um auge de libertação admirável. Entendo o travão do investimento em publicidade num país em recessão e por isso é ainda mais de louvar a garra com os órgãos de comunicação social têm persistido, continuamente a reinventar e a implementar novidades neste mercado. Tímidas, como é evidente, mas persistentes e isso para mim é revelador de que quem está por trás da gestão dos grupos de media, está determinado. Não tenho dúvidas de que ainda vamos assistir a uma viragem no jornalismo, orientada para o quality content, com mais jornalismo de investigação e conteúdos exclusivos e brand content, os nomes dos jornalistas mais populares que fazem parte da estratégia de marketing de qualquer título!

G – E sobre o ‘futuro dos media’..qual é a tua opinião?

IA – Um dos pilares da mudança de paradigma na comunicação é a velocidade com que hoje tens a informação. E isso vai gerar diferentes níveis e tipos de informação. A rápida e sintética, altamente generalizada e a informação mais sustentada, que revela uma investigação e tratamento da informação mais profunda e correlacionada. A tecnologia quebrou distâncias no acesso à difusão mas também a revisão e o filtro. A diferença, a meu ver, está precisamente no "Quem" é o autor que assina a informação e claro, a autenticidade de ter um selo de um órgão de comunicação social ou não. Portugal tem uma quantidade de órgãos de comunicação social anormal quando comparado com outros países da Europa! A nossa sociedade, é por este motivo, mais informada e também mais equipada - os gadgets continuam a colocar Portugal no topo do ranking de utilizadores por habitante! Somos um case study muito interessante!

G – Qual é o truque para a tua capacidade de "pluri-multi-tasking-woman"?

IA – Não há um! Há vários! E hoje fazem parte de um manual de normas de conduta profissional na Green Media. Comecei a escreve-lo desde a primeira hora e ainda hoje o complemento e corrijo. Sim, porque alterações com o passar do tempo E numa década crucial como esta em que se assiste a uma mudança de paradigma da comunicação era impensável não acompanhar as tendências e mudar em conformidade o estilo e a conduta. Talvez aqui sim haja um truque, ser sempre o cliente dentro da agência, avaliar internamente o trabalho feito e nunca desisti de continuar a querer saber tudo o que se faz na Green Media e questionar se pode ser melhor, ou mais eficiente, ou mais fácil e rápido. A visão de "mais e melhor" e o sentir-me nos pés de um cliente fazem toda a diferença. É para mim ainda hoje um orgulho ter sido a agência de comunicação de alguns órgãos de comunicação social para eventos específicos do seu setor!

G – "Green Media", porquê?

IA – Green porque somos corpo e alma defensores da promoção e defesa e perseveração do meio ambiente e green porque todos os anos oferecemos a nossa atividade em probono a uma causa solidária. Green porque quando o diz sorri e o sorriso é o inicio e a génese das Relações Públicas! era assim que se apresentava a Green Media no seu primeiro site e uma das primeiras agências a ter um site online. Green esteve na moda durante muitos anos! Tivemos sorte e usufruir durante seis ou sete anos do verde estar na moda! Estratégias amigas do ambiente ou que promovam a defesa e a perseveração do meio ambiente são hoje programas de comunicação interna e estratégias de marketing verde. Hoje voltamos a assistir a uma mudança na politica do atual governo para promover algo em que Portugal estava de facto muito à frente! Fico feliz por isso, apesar de muitas empresas e ideias terem neste último período, tido bastantes dificuldades em sobreviverem quanto mais de desenvolver. Apenas as mais resilientes perduram e espero que o estímulo nesta área volte a colocar a nossa bandeira na vanguarda do mundo! Ainda na altura estava a emergir o conceito das energias alternativas, a Green Media já andava em reuniões individuais com cada uma. Foram três anos a conhecer diferentes ideias e estruturas com grande nível de I&D em áreas muito distintas e todas amigas do meio ambiente ou com aspirações a esta causa! Ficaria muito feliz por saber que voltávamos a dar cartas neste setor.

G – Que balanço fazes hoje, sobre estes 11 anos, da Green no mercado?

IA – Que o sucesso dá muito trabalho! Gostava de poder apreciar mais o nível 10! (risos) Nunca me permiti "baixar os braços", "sair de cena" nem disfrutar dos frutos alcançados. É cansativo ver sempre mais além pois tens imediata noção do que deves fazer já a seguir. Parece que não podes deixar de terminar o que ainda não está completo, nem admites aceitar a insatisfação quando estás a ver o caminho além. Também por este motivo os clientes viverem connosco tantos anos... oito, sete, seis, cinco anos on going são francamente sinais de satisfação de que me orgulho muito.

G – Sobre os novos projetos no teu horizonte... o que nos revelas?

IA – Lamento dizer mas não são grande revelação para esta entrevista! (risos)... São contudo oportunidades já detetadas no mercado e onde creio que o papel de uma agência de comunicação, faz, não só toda a diferença, como desempenha melhor o trabalho e a função. Refiro-me por exemplo à gestão de conteúdos nas redes sociais. Há ainda uma grande desorientação sobre como estar no mundo digital. Publicidade e passatempos com ofertas, a mim, sinceramente, não me bastam. As redes socias podem ser um instrumento crucial na fidelização pois são geradoras de relação. E é preciso saber gerir melhor o que é dado ao público. Não acredito que apenas a exposição de produto sirva. Não subscrevo que haja marcas que não podem estar online. Apenas têm que aprender a fazê-lo e não ter medo das consequências. Estar totalmente preparado para lidar com elas e reagir prontamente. Sim, poderá mobilizar algum investimento mas, quanto vale a relação e lealdade despoletada? Mais uma vez, quando a estratégia é genuína, não há que recear!

G – Mas existem "estratégias não genuínas"?

IA(risos) Ah.. Apanharam-me na curva... Bem vou responder com verdade e portanto sem medo! Digamos que há estratégias aparentes quando não têm profundidade. A essência tem que corresponder aos valores e princípios da marca e quando assim não é... Também são apanhados na curva, pelos consumidores! Na green, posso apenas dizer que houve estratégias q não aceitei fazer! E isso aconteceu sempre que os valores e princípios iam contra o que acredito e defendo. E não me arrependo de nenhum...

G – E novos Produtos da Green Media... o que temos em "carteira" para este ano?

 

IA – O Digital Media Game é um exemplo! O conceito é de formação com raízes de team building e serve o programa de animação de qualquer reunião evento das empresas. Permite o entendimento e aprendizagem no manuseamento de várias redes sociais e o resultado pretendido é a valorização do seu papel, o conhecimento de como funcionam e a descoberta/ revelação em grupo. Allianz e Galp são dois exemplos de grandes empresas que perceberam o forte potencial do nosso Media Game. Hoje recomendaria a todas as empresas, pelo menos uma vez, este exercício. Temos muitas empresas interessadas na sua adoção e implementação e estamos a lançar o nível 2, na diferenciação por setor: pharma, tech, etc.

G – São 11 anos de "muitas histórias para contar". Qual foi, na tua perspetiva, o Melhor e o Pior momento de mais de uma década da agência?

IA – A vida na agência é feita de grandes momentos! Confidencio que efetivamente já tivemos muitos e muito bons e continuarei a pensar que o melhor pode estar para vir (risos). O pior é secundário. É logo relativizado! Ensino a minha equipa a focar no bom e no positivo para serem felizes todos os dias. É preciso gostar muito do que se faz para aguentar o nosso ritmo! Há anos que eu não leio um livro for fun! Quando se trabalha em exclusivo, um cliente em cada mercado de atividade tem que se saber de tudo. E o esforço é constante! Porque como costumo dizer não há bananeiras na green media! E se não for assim não é mesmo possível. Para mim que gosto do peso do desafio, é já enriquecedor pois estou logo a ver os paralelismos que posso aconselhar numa estratégia. A essência tem que corresponder aos valores e princípios da marca e quando assim não é... Também são apanhados na curva, pelos consumidores! Na green, posso apenas dizer que houve estratégias que não aceitei fazer! E isso aconteceu sempre que os valores e princípios iam contra o que acredito e defendo. E não me arrependo de nenhum...

G – Não fujas à nossa pergunta... qual foi o pior momento?

IA – Ok ok (risos)... também houve! Para mim o mais difícil de gerir é a mentira e a ingratidão. O roubo, felizmente, aprendi cedo que é efémero, é coxo. Podes levar uma base de dados mas se não sabes trabalhar essa rede de contactos é só isso que levaste. Não tens nome, não tens relação, vale de quase nada, percebes? A da green, particularmente. Pois foi concebida num momento muito sensível para mim. Recordo-me de erguer a base de dados da Green Media com o meu pai, na altura já debilitado e a sua colaboração em ver os nomes das fichas técnicas e ditarmos enquanto construía a base de dados que hoje já ascende aos 9.000 contactos de órgãos de comunicação social e jornalistas estratégicos! É emotivo para mim. Aprendi a retirar do negativo uma força adicional. Gosto de travar uma batalha. Gosto da conquista numa consulta. Adoro brilhar fora do normal. Divirto-me imenso e sofro imenso numa situação de gestão de comunicação de crise. São todos verbos de sentimento… Já viste? Gosto de viver com o melhor de mim! Humanamente possível.

G – O que queres dizer, quando repetes de forma entusiasmada "isto vai ser uma Aventura"?

IA – Há um sentido diário de aventura. Não sei viver de outra forma. Sempre explorei os meus limites desde cedo e procurei ir até ao máximo, aquela fase em que tu sabes que ainda podes ir mais, mas a seguir é o teu limite! Conheço-me muito bem e sinto-me onde me quis posicionar! A questão é depois muito simples, quando fazes o que gostas, de paixão e estás plena e intensamente focada é inevitável que os outros sintam e lhe reconheçam valor.

"É para mim ainda hoje um orgulho ter sido a agência de comunicação de alguns órgãos de comunicação social para eventos específicos do seu setor, assim como ter sido a equipa eleita em consulta do Grupo EGOR – o maior guru de recrutamento e seleção em Portugal de sempre!"

Mas na essência é muito simples. Hoje fomento muito isso aos meus filhos. Em tudo. Não gostem "assim-assim". Não façam "assim-assim". É uma frase feita mas "faz como se fosse a última vez que o fizesses". Esta é a única maneira de não te arrependeres. E com este princípio hoje, se não estivesse na green, era com uma green que eu quereria trabalhar! Eu penso que isto diz tudo. Sim, porque o segredo continua a ser a alma do sucesso!

G – Adotaste no mercado um inovador conceito de Relações Públicas… queres falar sobre isso?

IA – Sempre estivemos muito focados nos jornalistas e na comunicação social. Desde o primeiro ano, desde a primeira carta dirigida a 50 jornalistas quando iniciámos atividade. Não sou uma ex-jornalista e isto é atípico no setor. Não fazemos política, apenas assessoria empresarial e portanto era normal que não nos conhecessem. Sempre foi para nós fundamental que os jornalistas tivessem referências nossas e sempre que pudemos, investimos nesse sentido. Mas os nossos clientes também, adoramos surpreendê-los com o inesperado e são os momentos de celebração os que escolhemos, cada vez mais, para serem especiais na nossa relação.

G – Reavaliando estes 11 anos, terias feito alguma coisa de outra forma?

IA – Quando comecei foi com a determinação de fazer melhor, fazer bem, conseguir mais, introduzir inovação, acelerar o desenvolvimento sendo pioneiros na implementação de áreas que os outros ainda nem sequer pensaram. E claro adivinhar tendências. Requer estudo, não é só perícia… Mas como dizia, quando comecei nunca equacionei outra opção a não ser esta. Inacreditável mas real… Ser mãe (e coincide decidir abrir a Green Media com a gravidez do meu primeiro filho) concede-te uma agressividade sem igual. O instinto de sobrevivência. O ataque incisivo e fatal. Tudo teve sempre que correr bem. Em muitas frentes e em muitas circunstâncias. Daí que como líder não tenha dado muitas hipóteses, de facto. Não sou tolerante, sou "elevadíssimamente" exigente, não simpatizo com falta de foco, ou falta de produtividade, nem coaduno com condutas básicas, humanas mas totalmente dispensáveis, mesquinhices, negativismo, ou mal discência... Prezo muito o meu tempo fora da agência e por isso quero dar o máximo no tempo certo. É verdade.